terça-feira, 17 de março de 2009

Inovação digital faz humanidade se tornar mais generosa

Redes sociais vão acabar com Grande Governo, tornar as hierarquias mais elásticas e humanizar as sociedades. A nova era mundial será cyber-espiritual

Escrevo diretamente da redação do Web Expo Forum 2009 (www.webexpoforum.com.br), aqui no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, depois de uma manhã extremamente bem aproveitada. Incrível a quantidade de novidades trocadas aqui e a qualidade dos apresentadores aglutinados num só espaço. Pela primeira palestra do Congresso, cuja expectativa de público para os três dias, segundo me disse o diretor da Converge, Claudiney Santos é de 500 pessoas, deu para se ter uma idéia do que serão os próximos dois dias e meio.

Resumindo, num estudo de futurologia fantástico feito pelos convidados Cezar Taurion, Martha Gabriel, Ricardo Cavallini e Gil Giardelli, estamos presenciando o fim da era Big Brother. Com as hierarquias tornando-se mais elásticas a partir das novas mídias, a humanidade começa a olhar para si de forma mais...humana mesmo. Passadas as eras Agrícola, Industrial, Tecnológica, passamos a Cyber-Espiritual, com uma estatística incrível – um computador vendido a cada três segundos.

Mas, ao contrário de isso significar um individualismo ainda maior, pelo contrário, este movimento começa, segundo as apresentações feitas, a delinear um mundo mais generoso, com iniciativas que envolvam simplicidade, atitude, comprometimento com as comunidades e conteúdo colaborativo baseado em uso de tecnologias cada vez mais avançadas. Se a era de Barack Obama começou com o slogan Change, não se assuste se você começar a ouvir, muito em breve, o Social Change, ou o Ativismo Digital. E ele já existe, aqui e lá fora; exemplos não faltaram e foram mostrados. O mais interessante é que esta inovação não tem nada a ver com idade, mas com o senso de coletividade.

Bottom-line:
• Você é o que você partilha.
• Inovador é ser ético.
• Para ter sucesso numa rede social, você deve ser humilde, sincero e, acima de tudo, colocar conteúdo de interesse daquela comunidade com a qual você pretende se relacionar. Para isso, basta ouvi-la e entender o que ela quer. Não adianta você querer conduzir a mensagem de cima para baixo e controlá-la – mensagem chapa-branca não cola e é rapidamente desmascarada.
• O inside media acabou – o que existe agora é o outside media. E o pulo para este desenvolvimento colaborativo de novas comunicações demanda uma mudança cultural brutal porque o ser humano não está acostumado a receber críticas. E - alguém duvida? - os mais novos criticam mesmo.
• “Não podemos usar velhos mapas para descobrir novas terras” (Gil Giardelli)
• “As empresas precisam entender que se a inovação, por um lado, pode ser um tiro no pé (se isso significar acabar com um produto que estava “dando certo”),melhor isso do que a concorrência te dar um tiro no peito ou na cabeça. A mudança é ionexorável.” (Cezar Taurion)
• “Colocar banners no Orkut tem o mesmo efeito de perfumar cocô.” (Ricardo Cavallini)
• “Invistam em projetos pessoais.” (Ricardo Cavallini)

Conclusão? Quanto mais me enfronho neste assunto, menos entendo dele e mais me sinto um ser pequeno diante de tanta nova informação nova. Mas, como disse, esta foi apenas a primeira palestra do Congresso – ainda tem mais!

2 comentários:

Paulo Rená da Silva Santarém disse...

Adorei o "Você é o que você partilha". Muito lindo isso! =)

mosaicosocial, o blog da + Mosaico Negócios & Comunicação disse...

E cada vez mais segundo o Gil Giardelli, que levou inúmeros exemplos de redes sociais - muito bacana mesmo :)