segunda-feira, 23 de março de 2009

Porque eu defendo o diploma - por José Trindade Célis



Mais um colega abre a alma e diz o porquê da defesa ao diploma de Jornalismo. É José Trindade Célis, que conheço de coberturas que fiz dos Encontros Estaduais de Jornalistas em Assessorias de Comunicação, promovidos pela Comissão de Assessoria de Comunicação do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo. Desde então, temos sempre mantido contato, nos encontrando cá e lá em eventos de tecnologia, sempre buscando não nos perder no meio da correria do dia a dia - o meio virtual ajuda muito. Como ele ainda não se rendeu aos blogs, coloca à disposição seu e-mail para contato: gallarin@uol.com.br

Primeira razão: sou jornalista formado por vocação, paixão, necessidade e outras coisinhas menores, mas de grande valor. Meu diploma foi conquistado com muito suor, luta e trabalho, porque venho de família humilde. Desta forma vejo esta discussão sobre diploma ser estéril por outro ângulo: quantas universidades, faculdades particulares existem no País? Por que seus donos, proprietários não fecham definitivamente as suas portas para a cadeira de jornalismo na grade curricular dos seus cursos de comunicação social? Quantos professores, funcionários, estão envolvidos na questão? Por que não demitem todos? Porque investem milhões de reais na divulgação de cursos de jornalismo? Por que tanto trabalho, horas perdidas pelo do MEC na preparação de leis normativas para a legalização, funcionamento da profissão de jornalista? Por que o Ministério do Trabalho também tem trabalho em legislar, fiscalizar essa profissão? Por que a imprensa em geral vive dando ênfase à questão da validade ou não, se existe uma legislação federal que a regulamenta?

Você sabe por que ninguém me responde estas questões? Porque - com raras exceções - a totalidade da imprensa que luta contra a validação do diploma tem grandes interesses econômicos; não querem pagar salários dignos de uma bela profissão; atrasam de propósito os pagamentos, salários; não querem pagar encargos sociais (FGTS, INSS) impostos federais, estaduais, municipais também e, sobretudo, não são profissionais do ramo. Vivem ladeados por profissionais bajuladores, gananciosos, traidores que não querem perder suas "boquinhas" dai defendem a extinção sumária do diploma. Penúltima razão: por que a carreira de Relações Públicas (assim como engenheiros, médicos e outros) pode ter registro legal e Conselho Federal e a categoria dos jornalistas não pode? Agora a última razão: por que as empresas somente aceitam jornalistas PJ – pessoa jurídica? Porque pagam remunerações irrisórias para os PJ?

Por essas e outras tenho a honra de dizer: sou jornalista formado (Casper) e legalmente! Por isso defendo a manutenção da obrigatoriedade do diploma! José Trindade Célis – MTB- SP 18.518 – MS- 14.024

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