quinta-feira, 28 de julho de 2011

Eu optei por Suzan Boyle!

 (Imagem: http://bit.ly/pTnLLS) 

Prazer em conhecer. Ainda que o Brasil todo tenha conhecido  uma versão de uma Vani, namorada de Rui, personagem da escritora e roteirista Fernanda Young – a quem anos mais tarde eu seria apresentada na festa de suas filhas gêmeas ( também – ETA destino!?!) inclusive, com esta autobiografia propositalmente escrita em contos,  eu publicamente reivindico meu direito, de fato ser  a verdadeira Vany. Só que com mais charme, claro, e – de novo, só para frisar, com Y, por favor.

Além de um namorado chamado Rui, as semelhanças, considerando estilo, forma de falar, pensar, agir e, especialmente os micos, são tantos que, por causa dos inúmeros pedidos de amigos e familiares para colocar no papel alguns – senão todos – os meus próprios causos, você está aqui, agora, lendo esta pseudo-autobiografia .

Assim, mesmo se a Globo não se interessar em televisá-los, num remake da série, pelo menos terá valido para quem tiver chegado até aqui e continuar a leitura dar umas boas risadas, pensando nas cenas vividas pela personagem já criada e imortalizada pela excelente Fernanda Torres. Pretensão? Sei não. Pense bem: que eu tenha me disposto a escrever, tudo bem. Mas se você está diante destas mal traçadas linhas é porque meu charme vai obviamente bem mais além da perninha do meu ypsilon – aquela introdução freudiana deve ter influenciado Moets & Chandons (que me disseram – são mais modernos do que os antigos Ticos & Tecos) do meu cérebro a ponto de eu fazer jornalismo e ter ainda, como pseudônimo, “a Bridget Jones brasileira”. Por que será? 

Acho que só contando, mesmo. E aí, cada um tira as conclusões que quiser. Então, here we GO!

Mas, por que, só agora, aos 4.8 anos?

O insight me veio numa sessão de análise de grupo; na verdade numa apresentação do que seria um Grupo Operativo sobre... #escolhas. Papo vai, papo vem e fiz um comentário sobre como vamos amadurecendo e mudando à medida que envelhecemos. E quem me conhece sabe; não troco meus 4.8 pelo corpinho de 25 e a cabeça obtusa que tinha, cheia de dúvidas. Por que? Elas vão nos acompanhar para sempre, senão for por causa daquela decisão sobre o que eu terei dito para aquele chefe naquele momento, ou amiga, terá sido para um filho... e, isso pode fazer ou não uma diferença enorme na vida de cada um.

Nada acontece por acaso e a gente também não diz nada por acaso, porque não estamos aqui por acaso e... bem, isso aqui não é para virar uma sessão de análise (rsrsrs!). Mas, lá pelas tantas, me dei conta de que aos 25 aninhos eu era uma princesinha, sentava-se como tal, portava-se como tal – ok, nem tanto – sempre falei meus putaqueparius, que merda, cara... Anyway – a verdade é que eles eram mais contextualizados, digamos assim.

Os trinta anos



Aí, você chega nos 30 e você pensa “Puxa vida, Balzac, o que fizeram com você?” A modernidade reduziu-nos a megeras correndo atrás de reprodutores em busca do tempo perdido por causa do relógio biológico contando contra a quantidade de óvulos que ainda poderemos produzir...

Na verdade, passamos de ninfas inseguras a donas de um poder de sedução e segurança nunca antes experimentado e algumas certezas fantásticas. Não que, de repente, a gente se tornasse donas da razão, longe disso, mas cai uma ficha fantástica de entender, finalmente, o que não presta, não cola, não dá mais para engolir e, finalmente, não queremos mais para as nossas vidas. Assim, como num clic (magicamente).

Não cheguei à loucura de fazer pesquisas – há estudiosos para isso – os 30-e-poucos-anos-de-uma-mulher- devem ser a idade mais temida pelos homens, inclusive os casados (rsrsrs!). Vamos pensar? Há algumas opções, ou as coleguinhas resolvem assumir uma postura de cinderelas do lar para sugar-lhes todas as energias, já que eles lhe impuseram (observação: cada caso é um caso, mas os machistas que me desculpem se acham que mulher tem que ficar em casa linda para desfilar com ele e não competir com ele no mercado de trabalho ou, porque está no mercado de trabalho, ser “presa fácil para outro lobo”!), bancando as vítimas e usando e abusando de seus cartões de crédito já que a liberdade tem seu preço, ou se divorciam exatamente pela razão do parêntesis.

Sim, eu esperei muito tempo para escrever, apesar disso “ser” minha vida. Falar de si não é exatamente fácil, mas a idade ajuda muito. O que, no alto dos meus 4.8 anos eu tenho a perder? Pelo contrário – Suzan Boyle, a cantora escocesa de voz maravilhosa, não aconteceu exatamente depois de seus 4.7? Isso, claro, me encheu de esperança. Se ela pôde, por que não eu?

Minha vida é uma piada de causos que, no mínimo ajuda a turma CVV (Centro de Valorização da Vida) a repensar que além de um dia ser melhor que o outro, sim, sua grama pode ser mais verde que a de quem você acha que está mais verde e, na verdade, não é bem assim, baby... mas só porque o vizinho está sorrindo, não quer dizer que esteja tudo bem!  

Tem dias na vida que eu também tenho meus momentos CVV, quem não os tem? Quando estou assim, minha amiga, vizinha e atual síndica, Marta Girardin (a quem eu, depois de um mandato tampão de um ano, em que conseguimos defenestrar um síndico digamos não muito afeito à administração correta) sempre me indica... “Vany, lembra apenas de não fazer isso aqui no edifício, você já foi síndica sabe das implicações civis que sobram para a gente. Sou sua amiga, mas uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Na qualidade de síndica, se você se jogar daqui, vai me ferrar. Na condição de amiga, eu te sugiro, se for este mesmo seu desejo, então, tenta uma coisa realmente eficaz e glamorosa. O Edifício Itália.
Eu optei por Suzan Boyle!

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