terça-feira, 31 de março de 2009

Mídias sociais bombam e I trimestre acaba. A previsão? Preparem-se: a web 3.0 vem aí


Hoje termina o primeiro trimestre de 2009. O saldo? As mídias sociais estão literalmente bombando; todos os dias há seminários, workshops, oficinas, fóruns e congressos sobre as mídias sociais. São promovidos por entidades, empresas, mas, especialmente, por veículos de comunicação. Só este mês, devem ter ocorrido uns três – em São Paulo, só dos que eu tenho conhecimento, fora os que vêm pela frente.
O site/blog/portal mundorp.com.br possui vasto material de divulgação. Há pouco mais de duas semanas, foi o pessoal da Converge Comunicações, editora da TI Inside, Tela Viva, entre outras revistas especializadas em mídias e tecnologias realizar o Web Expo Forum 2009 (http://www.webexpoforum.com.br), que o mosaico social cobriu e ainda deve discutir, sob outro prisma, a partir de amanhã. E ontem, foi a vez da revista INFO (http://info.abril.com.br/seminariosinfo/midias-sociais/cobertura/) realizar seu seminário, cuja cobertura está sob o comando do colega Max Gonzalez.

Maior valorização que qualquer ativo financeiro

Nunca se falou tanto dessas mídias, porque o assunto realmente está na ordem do dia. A proporção de importância é tanta que, passados apenas quatro meses, um curso de Master em Jornalismo Digital, cujo programa sofreu poucas modificações, mas que, ao invés de ser feito em um único mês diretamente, acaba de ser diluído pelas últimas semanas durante quatro meses ao longo de um semestre, passou a custar mais que o dobro. Isso mesmo; sofreu uma valorização maior que qualquer outro ativo de mercado – muito mais de 100% em quatro meses.

Este é o verdadeiro poder das mídias sociais, caso alguns empresários ainda não tenham atentado para o que elas representam no início de 2009. Em setembro de 2007, o assunto ainda era quase um tabu, com apenas duas agências anunciando novidades em suas palestras em alguns poucos eventos. O tal Vincent Ferrari, que se tornou celebridade ao gravar sua conversa de 20 minutos com o responsável do callcenter da AOL ainda era um desconhecido. E, ao tentar trazer a novidade à mesa de meus clientes, eu era tida como a jornalista que estava “tendo alucinações”, diante de uma realidade ainda muito distante do Brasil.

Mas, hoje, passado pouco mais de um ano, eu digo: professores, diretores, estudantes, senhores do Governo, prezados stakeholders: se os senhores não abrirem os olhos para este movimento avassalador, hoje e agora, daqui a pouco vem a Web 3.0 e será tarde demais.

Porque é o que está acontecendo hoje lá fora. A discussão da web 3.0, de como aplicativos agregados a programas existentes poderão otimizar sozinhos escolhas e ações a partir de perfis de usuários e, com isso, mudar ainda mais o relacionamento dentro da web. O papo da tsunami, sobre o qual a turma que criou a www mencionou em seu Manifesto Cluetrain não é nenhuma viagem de “Lucy no Céu de Diamantes”, não. A economia de agora é a de nichos; o consumidor é único e quer ser ouvido. Um faz a diferença, sim, e a opinião de cada um importa.

O saldo...

No mais, ouvi no rádio um instituto prever que o PIB brasileiro deve cair “um bocadinho” mesmo este ano, independente do otimismo que ronda o Palácio do Planalto; que, quem tiver sistemas piratas não deve abrir seus computadores amanhã, porque pode ser um desastre, já que hackers adoram criar pegadinhas no dia 1º. De Abril, dia da Mentira, o mesmo escolhido (por que será, eu me faço esta pergunta dia após dia) pelo STF para julgar a resolução acerca da validade do diploma do jornalista e sobre a regulamentação da profissão; e uma ex-estagiária me mandou e-mail dizendo que esta vida de trabalhar por jobs é muito complicada, porque, a um mês de acabar seu contrato, ela, já está desesperada, sem saber como pagar contas a partir de Maio. Então, eu pergunto: O saldo? Não tenho a mínima idéia. E você, tem?