Acaba de sair a décima edição do relatório anual do Pew Research Center sobre o Estado da Imprensa norte-americana. E ele não traz exatamente boas novas para jornalistas, de forma geral.
Além do fato de as redações de jornais norte-americanos terem hoje 30% menos profissionais do que em 2000 - porque a mídia tem perdido cada vez mais anunciantes para espaços digitais, com crescimento da publicidade móvel e de redes como Google e Facebook- parece que entre os que ficaram, há um sentimento de inadequação e falta de preparo para cavar boas histórias ou simplesmente questionar os dados que lhe são passados.
O público, responde à altura. Da pesquisa de opinião que acompanha o relatório, 31% dos respondentes (adultos morando nos Estados Unidos) disseram não buscam mais notícias na imprensa tradicional. O motivo? A mídia já não entrega mais as notícias e as informações com as quais cresceram acostumados a lerem. Com o uso da tecnologia digital e das mídias sociais crescendo e as redações ficando cada vez mais enxutas, outros players começam a ter sua produção de conteúdo mais valorizada. Exemplo disso são as publicações criadas por marcas para suprir nichos de informação - como o caso da Kaiser Health News, da Kaiser Family Foundation. Suas matérias são tão bem escritas, que mesmo o Washington Post publica vários artigos tendo ela como fonte. Para as empresas de mídia, está cada vez mais complicado distinguir o que é informação de alta qualidade e interesse do público e o que é notícia agendada.
O relatório está recheado de informações, entre elas um especial sobre as mudanças nos telejornais, uma reportagem em vídeo sobre lições da cobertura eleitoral americana de 2012 e a pesquisa de opinião sobre como as pessoas buscam notícias. Para conhecê-lo integralmente, clique na imagem (em inglês).
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